Critérios para modelos sustentáveis

Por Sara Fernandes

O sociólogo, cientista político, comentarista da rádio CBN, escritor do site/blog ecopolítica, Sérgio Abranches, postou em seu blog, em 17 de agosto de 2011, que até 2020 poderá haver cidades inteiramente sustentáveis.

Hoje existem cidades como modelos em sustentabilidade, mas nenhuma chegou à ser totalmente sustentável. Por isso, há alguns critérios que aparecem geralmente em todos os modelos.

– Plano climático. É importante pensar em plano climático, pois as cidades estão localizadas em diferentes tipos de ambientes, como por exemplo, litorais, interiores.  Abranches diz em seu blog: “Ter um plano climático é a condição essencial, necessária. Planos climáticos incluem redução da pegada de carbono das cidades e adaptação a eventos climáticos e naturais extremos. Além da adaptação, bons sistemas de prevenção e remediação de desastres”.

– Redesenho das cidades. É importante, pois reconcilia com a geografia natural, pois invadimos o espaço natural trazendo construções, etc. Diz: as cidades “precisam ser repensadas. A mudança demográfica, com o amadurecimento das populações, pessoas de mais de 70 anos de idade em pleno vigor físico e intelectual, e a intensa urbanização das últimas décadas, requer a reprogramação dos espaços urbanos. Nesse processo, é fundamental que as cidades sejam reconciliadas e integradas com a geografia natural.

-Revitalização do centro, para ter boa convivência entre as pessoas. Criando praças, pontos de encontro, etc.

– Flexibilidade e adaptabilidade, pois o ambiente, as pessoas, as situações mudam com o passar do tempo. “É importante que as cidades abandonem os formatos fixos e sejam pensadas de modo a que possam se reorganizar espacialmente de acordo com necessidades determinadas por fenômenos climáticos e outros eventos físicos como terremotos ou vulcões. Elas precisam ganhar resiliência (recuperação)”.

– Bairros menores, mais auto-suficientes. Abrange diz que “ajudam a aumentar o bem estar e a reduzir a pegada de carbono das cidades. Telhados verdes, como controles orgânicos de temperatura e sorvedouros de carbono, que podem ser usados também para abastecer a vizinhança com verduras e legumes. Condomínios como unidades auto-sustentáveis, integradas à cidade, não como bunkers para isolar os ricos do resto da população.”

– Claras políticas e abrangentes, para a coleta do lixo; saneamento, tratamento das águas.

Expõe: “Políticas claras e abrangentes para coleta e tratamento de lixo e de resíduos sólidos, saneamento completo e gestão das águas (proteção, tratamento, coleta, economia, reuso)”.

E concorda dizendo que parece de enorme bom senso tais modelos.  Mesmo sendo grandes investimentos, são muito “dinâmicos que geram muito emprego verde, muita renda de fontes sustentáveis e bem-estar”.

 

Fonte: http://www.ecopolitica.com.br/2011/08/17/cidades-sustentaveis-ja-tem-modelo-basico/

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